contos&encontros


dry martini
January 7, 2012, 1:43 pm
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marquei com algumas amigas de tomar uns martinis e todos os coquetéis “de mulherzinha”, a noite estava agradável e minha dúvida era a mais superficial mas não menos importante: que vestir?
optei pelo básico vestido preto, não tubinho, mas que valorizavam o passe, afinal, se você não tem bunda o que resta é o decote, pra completar uma boa make e um anel de cabeça de urso.
cheguei ao bar, un novo na cidade, todo moderninho e todos sorrindo, a frivolidade correndo solta, respirei fundo e entrei na onda. na mesa as amigas de sempre, do colégio e uma nova, provavelmente que terminou com o namorado e precisa sair um pouco pra “espairecer”, ou seja, encontrar alguém para ajudar a esquecer ou simplesmente transar por 24h interruptas.

um martini pra cá, outro pra lá e bora pro banheiro. como sempre acompanhadas, temos esse hábito estranho de chamar alguma pra vir com a gente, nem que seja só pra fazer compania, joana e ” a nova” resolveram me acompanhar, nesse momento descobri que ela se chamava clara.
voltamos para a mesa e começamos a brincadeira de perguntas e shots, embora sejamos amigas a tanto tempo temos alguns tabus ou coisas que nunca falamos, cada uma em um mundo completamente diferente a outra mas que essa amizade de anos unia até as diferenças.
então vem a pergunta “quem já pegou alguma garota bebe”, e surpreendentemente clara e outras duas bebem. toda a conversa depois gira em torno disso, todas curiosas sobre “como é?” “como faz?” “aí, que nojo”, de tudo. eu tentei manter a boca fechada, na verdade já tinha beijado algumas garotas e em algum momento alguma me atraia mais que outra, acho que tinha um medinho escondido.

todas íamos ébrias e decidimos descer para a pista, tocava um remix de david lynch incrivelmente sexual e me derretia pelas paredes. flash de luz, minhas amigas sorrindo, brilhos, flashs, música e o baixo vibrando dentro de mim. escuto uma voz ao meu ouvido “me acompanha no banheiro?”, sem nem ver muito bem digo que sim e por inércia me deixo levar, era clara.
no banheiro ela me puxa pra dentro e coloca duas linhas. respiro fundo e ao terminar ela passa sua língua entre meus seios do decote até o queixo e me beija lascivamente, me sinto anestesiada e exitada. empurro ela em direção ao azulejo e enquanto a beijo passo meus dedos entre suas pernas e sinto que estamos igualmente molhadas.
sua língua em meus ouvidos e uma leve mordida no pescoço, sinto seu perfume suave e abro seu ziper, deslizo minhas mãos para trás. ela coloca uma perna entre as minhas e com seus dedos coloca de lado minha calcinha e alcança meu clitóris. “nunca estive com uma garota assim, será que posso?”, e levada pelo desejo passo minha mão para frente tocando-a.



Reflexão
February 23, 2011, 1:33 am
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O bom de morar sozinha é que você não escuta ninguém transando, pena que não é meu caso.



Ébria
February 4, 2011, 8:38 pm
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No bar te vi no balcão e enquanto falava con meus amigos te observava bebendo um copo de uísque e girando o gelo enquanto se derretia no calor das tuas mãos.
Olhares se cruzam e só quero cruzar com você “baby let’s cruise, let’s float and let’s glid”.
Cada vez que vou ao banheiro penso na possibilidade de te jogar na parede e te tornar ainda mais mulher. Com os lábios marcados de desejo passo a mão entre a água gelada e me desperto da tão bonita ebridade.
Volto a mesa e você continua no mesmo lugar terminando a última gota de uísque, enquanto o álcool escorre pela sua garganta o sinto evoparar dentro de mim e desaguar-se num rio que já nem existia.
Pouco a pouco todo ao redor cresce como meus pêlos arrepiados e ao chegar as extremidades a enchente é certa. Me inundo, não de você, mas sim da possibilidade do desconhecido e brindo ao adeus daqueles cedentos de mar e volto a encontrar-me na saudade.



January 28, 2011, 6:39 pm
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Siempre sigo a preguntar lo que soy y donde voy parar



teclas
September 24, 2010, 12:56 am
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tu me haces tener ganas de cosas tontas
como escribir para ti las cosas que pienso
queria que mi ordenador se convertirse en ti
y tocarte del caps lock hasta el enter
y deslizar por tu espacio



Hiato
February 2, 2010, 2:06 am
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Hoy quería escribir de ti, decir que mis deseos por ti son mayores. Olí el perfume de tu bufanda que estaba en el coche, tenía un olor de baño y perfume, fue imposible no imaginar el agua corriendo por el cuerpo y como seria bañarte y fregar tu espalda hasta el culo, el jabón escurriendo por tus pies.

Abres la puerta del coche e intento pensar en otras cosas y olvidar mis deseos, pero la luna está tan linda y reflejada en tus ojos hacen volver todas mis ganas: de ti, de tus calzoncillos calvin klein y de cómo debe ser tu beso, porque si fuera como lo soñé la otra noche voy quererte demasiado.

Cuando el amarillo lunar te ilumina por la avenida; me olvido del tiempo e intento ser interesante para que mis pensamientos pasen por osmosis por tu piel, que insisto en intentar tocar, en busca de una reciprocidad. Dejo que la noche me consuma y me consumo a mi misma en la cama al escuchar los sonidos de Madrid.



Âncora
December 22, 2009, 1:39 pm
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Abri os olhos lentamente, a luz difusa da janela no lençol bagunçado, parte dele ainda presa em minha perna. Me viro para o outro lado buscando um pedaço seu, algum pedaço de carne mais quente que a minha, e nada.
Preguiçosa fecho os olhos e apenas estico meu braço pela cama, de um lado ao outro e afundo o nariz no travesseiro, a única coisa que restava da noite passada, seu cheiro. Respiro tanto pra te ter de algum modo sólido e preencher o espaço que ficou vazio ao meu lado. Resgatar cenas do filme que fizemos ontem sem câmera.

Você entrando todo blasé naquele bar pé de chinelo que vou todas as noites  encontrar um pouco de mim, mas sempre resulta em mais interrogações que afogo em goles. E você, apareceu assim, só pra fazer daquela noite sem fim. –Tem fogo? Você me pergunta olhando pra voltinha que faz onde meus seios se encontram, estava despreparada pra esse olhar de quem sabe muito bem o que quer. As palavras não me saem, com o polegar giro a pedra do isqueiro e observo como você suga o ar e a brasa se faz intensa, fumar te dá mais charme ainda, não só por ter essa barba por fazer e um sapato de bom gosto.
Olho pro seu tórax, vários adornos preenchem seu pescoço e um em especial me chama atenção, uma âncora. – Bonito isso, e puxo o pingente em minha direção.

Falamos então do mar, vida, família e coisas fora do roteiro, rasgando elogios até que por instinto chego bem perto e dou um respiro como se fosse bicho, sentindo seus pêlos roçarem no meu nariz.
Você sorri de canto como se a isca tivesse fisgado, eu mordi, e no meu ouvido um convite, – Vamos pro meu hotel? Nem precisava de pergunta, a resposta estava evidente em meu mamilo tão excitado, despontando na regata. Nos arrastamos pelas ruas, um jogando o outro contra alguma parede ou porta, um frio úmido que me deixa mais molhada, típicas ruas de Madrid, estreitas e com chão de pedras, escorregadias.

Chegamos em seu quarto e já estamos nus, não deu tempo nem de respiro, desejo a flor da pele, branca, cheia de sardas, onde minha unha arranha e você mordiscando tudo que pode, silabas sem sentido e os membros percorrendo o espaço alheio até seu dedo tocar meu clitóris, – Putaqueopariu, penso e esmago seu braço entre os dedos, que mão incrível, chega a ser melhor que a minha, lá embaixo o sangue começa a correr mais forte, meus lábios se umedecem delicadamente, os fluídos escorrendo pelas curvas, – Me fode, dou sentido as silabas de modo irracional, você me transforma em bicho, esse cheiro que tanto me atraí, esse corpo que se encaixa tão gostoso e como fode bem.

O movimento brusco da sua pélvis batendo em direção a minha e alcançando o céu da minha vagina me faz perder os sentidos, como se tivesse tomado uma daquelas pastilhas que abrem as portas da percepção e me abro inteira pro prazer. Quanto prazer me dá e te dou o que mais íntimo há em mim, o lado que poucos conhecem com profundidade. Liberte o animal que há em ti e vem fazer moradia em mim, esse vira nosso segredo guardado em quatro paredes desconhecidas com alguém que me parecia tão familiar por ter meias roxas e uma âncora, que ficou no meu peito.Â



Uísque Cowboy
December 19, 2009, 12:33 pm
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A noite era fria e vagávamos pelas ruas de Madri em busca de algum uísque cowboy para aquecer um pouco e nos tornar menos racionais. Passos largos em silêncio e o ar frio penetrando nossos pulmões.
Te olhava e admirava o piscar dos teus olhos, que me pareciam tão familiar e faziam o tempo ébrio, como olhar para o mar, aquela marola lenta e suave consome. Saindo pela boca úmida como nuvem, o ar, tão efêmero. Escolhemos um bar, a luz indireta que tanto nos atrai, música e bilhar.
Uísque na mão e palavras bem selecionadas, você arruma o óculos de um jeito tão sexy – penso, mas falo da sua camisa tão 90 e rimos.  E rio de mim por pensar coisas tão banais, e você ri pra me agradar, pra mostrar como seus dentes são bonitos e quão melhor seria senti-los mordendo minha carne, de cima e debaixo. Sua mão desliza entre minhas pernas e encontra um lugar seguro, quente. Rio novamente, aquele riso de quem sabe o quão sacana você é, mas nem imagina o quanto sou.

Nossos lábios encontram um ao outro, suavemente, sua língua percorre meu lábio rosado e meus dentes mordem os seus com um desejo reprimido há alguns minutos que horas pareciam. Você me dá uma vontade de parar o tempo, ahhh, que essa noite seja longa, e mordo levemente seu pescoço só pra te ver arrepiar. Botão por botão abro sua camisa até chegar no cinto, e sinto. Você me abraça forte e tira minha camiseta, beijando tão carinhosamente meus seios que agora são seus, perfeitos para serem lambuzados pela sua saliva.
Sinto sua pele na minha e me espanto em quão boa ela é, faria liga-pontos nas suas pintas e te desenharia por inteiro só pra demarcar espaço, quem sabe assim você me pertença e se esvaneça em mim como me liquefaço em seus braços.

Minha língua desenha com saliva em suas costas e com um leve sopro te convido a um suspiro de desejo que te faz virar-se e prender meus braços, nem imagina como gosto disso, então me penetra bem fundo, – ahhh! Aquele primeiro gemido que é você saindo de mim, aquele ponto que atinge e vai subindo parte por parte até chegar na garganta. Respiramos juntos, sugando um ao outro, encaixando e desencaixando peças como se montássemos um quebra cabeça. Um restinho de ar sai de você formando meu nome no ar e de rio me transformo em enxurrada.
Te tomo em minhas mãos e agora estou por cima, mas vou baixando, quero sentir meu gosto com o seu, quero que essa noite não se acabe e me acabo em você colocando bem fundo seu pau até ter todo nosso gosto e te beijo.

Nossos líquidos se mesclam e fluídos nos tornamos, derretemos por nossos corpos e quão mais rápido nos tomamos mais próximos do silêncio estamos, do pensar em nada. Te chamo em gemidos, suspiros e o seu beijo, -ahhh, assim eu vou gozar, mordo meu lábio tentando aplacar com alguma dor tudo que está a ponto de explodir. Seguro seu tórax e olho bem no fundo do seu ser e é recíproco, – ahhh, vou gozar, você diz e quando essas palavras chegam ao meu ouvido, nós tão líquidos nos batemos um contra o outro. Espuma, prestes a evaporar e ser silêncio.



Mojados por deseo
December 18, 2009, 3:23 pm
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En un bar estaban él y ella. Sonrisas, cañas y palabras salían de sus bocas, hasta que ella le preguntó: ¿Crees en Dios?
Ese pensamiento recorrió todo su cuerpo. Su pasado. Y dijo: “Es la pregunta más difícil que me han hecho en mi vida”.
Ellos compartían una misma idea, las mismas cosas. En su boca ella pensaba. En ese brillo de saliva que tenia con las luces de la ciudad. Un escalofrió le recorría por el cuerpo y una vez más vuelven las mariposas. Hacía tiempo ya que eso no ocurría, “¿Cómo? es bueno, ¿no?” se dijo a sí misma. Y al poco tiempo se encontró en un beso de él. Un beso interminable, es como el cielo y sin Dios. Ellos no lo necesitaban.

Se liaron en el baño, y en su camino dejaban las ropas negras en el suelo…un pañuelo, una camisa. Y cuando se miraron estaban casi desnudos, sólo quedaban las ropas íntimas y ambos pensaron en el bueno gusto de lo que veían. Porque un hombre como él y una mujer como ella sólo podrían tener ropas simples pero con notables detalles.

Se miraron a los ojos y empezaron poco a poco a besarse uno al otro. Besos cortos, besos largos, por en el cuello. Un escalofrío recorrió su nuca inevitablemente y paró justo detrás. El deseo es algo tan bueno, tan, tan, ah…
Están embriagados. Perdidos un por el otro, todo quedó empañado y mojado. El sudor caminó por la espalda, por el culo, por las manos, por todos lados.  Su piel es tan sensible como las palabras que susurraba él en su oído. La respiración tan sencilla y tan intensa. Emanaban un olor increíble… la unión de los dos quedaba como el verano: caliente y dulce.



December 17, 2009, 1:55 am
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Se você tomasse forma
Úmida seria
Daquelas que em noites
Frias saem
Pela boca quente
Aquilo que se desfaz
Com sopro
E volta
Cada vez que vejo
Teu movimento de pálpebras
E você não vê
Os segundos
Pra mim, minutos
E se desfaz.